Aplicação da Resiliência no Esporte e na Educação
A ciência se faz presente não só nas universidades, mas também nos meios de comunicação sobre suas aplicações no âmbito da educação e do esporte.
O esporte tem sido indicado como um dos meios do país atingir maior desenvolvimento no campo econômico, educacional, social e político. Quando falamos sobre ciência, entendemos que são todos os setores do conhecimento e não apenas o desenvolvimento de novas tecnologias.
Nesse sentido é necessário estarmos atentos para o fato que a produtividade científica a ser buscada no âmbito do esporte e da educação no Brasil, deveria ter em conta ao menos os aspectos tecnológicos, biológicos, econômicos, sociais, culturais, e psicológicos, entre tantas as possibilidades que a ciência nos oferece.
E é nesse sentido que o cenário mundial convida àqueles que estão envolvidos com a ciência a contribuírem nos campos educacionais de forma a elevar qualidade de vida em diversas dimensões de alunos e esportistas.
Nesse post queremos refletir junto com você as possibilidades que a resiliência pode proporcionar para alavancar comportamentos flexíveis nas etapas básicas do crescimento de uma sociedade.
Resiliência no Esporte
No que tange a resiliência ela apresenta todos os aspectos que uma disciplina de superação exige para ser implementada no contexto do esporte e educação brasileira com o intuito de contribuir na habilidade de enxergar de forma ampla os desafios a serem enfrentados, a compreensão necessária para a tomada de decisões apropriadas.
Dentro da Abordagem Resiliente, defendemos resiliência como a capacidade de uma pessoa desenvolver, ao longo da vida, a disciplina de acreditar com equilíbrio em suas potencialidades, o que lhe permite superar e ter sucessos em seus desafios e adversidades.
Objetivo de um Estudo
Tendo descrito esse cenário podemos traçar como objetivo, apresentar ao longo de um estudo uma divulgação científica que subsidie a aplicabilidade da resiliência em suas versões psicológica e educacional, de modo que possa ser desenvolvida entre alunos e professores ou atletas e gestores do esporte brasileiro.

As possibilidades em resiliência como área de capacitação humana obtiveram maior destaque com Rutter (1985) ao descrever pesquisas que indicavam a dinâmica dos fatores de risco e de proteção no enfrentamento de adversidades.
Na sequência ela foi apresentada como a capacidade para haver superação ou o resultado da adaptação para o sucesso, apesar dos desafios ou circunstâncias ameaçadoras nos experimentos de Masten e seus colegas (Masten, Best, Garmezy. 1990).
Aqui encontramos fundamentos para estruturar conceitos como os de risco e proteção, são noções essenciais para a definição do conceito de adversidade.
Adversidade é a condição estabelecida entre uma pessoa e seu ambiente e que interferem na satisfação das necessidades e dos alvos de cada pessoa.
Os desdobramentos da literatura permitiram assumir que a resiliência tinha sua origem em sistemas específicos de crenças que interagem com as adversidades da vida e que resulta em um agrupamento que determina habilidades específicas na resolução de problemas e conflitos.
Se trata da maneira, do jeito como as pessoas se comportam em ambientes onde necessitam exercitar o enfrentamento e a gestão do estresse acentuado no trabalho, na família, na escola ou nos diversos desafios que são confrontados.
Tais modelos quando mapeados explicitam as fraquezas e fortalezas possibilitando um planejamento de capacitação para que se alcance o patamar dos resilientes que apresentam adequada performance, com habilidade de enxergar, compreender e tomar decisões apropriadas de superação.
A resiliência a partir de uma conceituação como essa, permite ser testada e aplicada em centros de excelência ao longo de diferentes cenários.
Utilizando um instrumento de mensuração como o Quest_Resiliência, é possível mapear índices do comportamento resilientes de uma determinada pessoa e também de todo um grupo.
O fato de que podemos sistematizar, por meio de um instrumento, o quanto uma pessoa acredita nas habilidades específicas referentes a resolução de problemas, nos abre oportunidades de intervenções tanto no âmbito pedagógico, quanto esportivo.
Especificamente na resiliência aplicada à educação podemos, por meio da mensuração de crenças relacionadas com sua temática, elaborar projetos de apoio para a análise de vulnerabilidades, viabilizar mudanças que contribuem para o processo de superação dentro do ensino e da aprendizagem.
“São esses dois momentos em que o adolescente desenvolve fortes hábitos positivos e propensões para participar de esportes em geral.“
O mapeamento da resiliência entre adolescentes traria a riqueza de dados necessários para que se possa repensar disciplinas e prática de inserção do adolescente no convívio esportivo e escolar.
Tais convicções nos levam afirmar que o levantamento dos índices de resiliência em uma dada série escolar e, por conseguinte, uma escola, provê recursos e ferramentas para o trabalho do educador induzindo na formação para o esporte.
Em conclusão
Vimos que com esse enquadre teórico é possível haver um plano de implementação direcionado para a valorização da construção de competências e saberes relacionados com a resiliência.
Veja aqui nesse post, como a SOBRARE, pode lhe auxiliar no desenvolvimento de estudos para mapear competências com base na resiliência, com uma metodologia sistematiza a partir de conceitos teóricos, referências e ferramentas de mensuração dos comportamentos resilientes.
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